O que acontece com meu corpo quando estou à espera de um filho?
Que a natureza é sábia todos nós sabemos, mas a sua perfeição ainda nos surpreende.
O modo como ela prepara o corpo para a concepção, vai além de nosso alcance de entendimento. A formação do leite, os hormônios, a placenta, o útero que cresce empurrando todos os órgão a seu redor sem que isso acarrete grandes prejuízos, tudo é perfeitamente adaptado e criado.
O útero chega a aumentar cerca de cinco vezes em comprimento de seu tamanho normal e cerca de um quilo em seu peso (20 vezes mais), devido ao alongamento e hipertrofia de suas fibras musculares.
Os mamilos ficam maiores, mais pigmentados e mais eréteis logo no início da gestação, isso tudo para que eles fiquem mais fáceis de serem sugados durante o aleitamento materno. O colostro é formado nos canais lactíferos por volta do 3o trimestre de gravidez.
A progesterona é um dos principais hormônios gestacionais, e entre suas inúmeras funções, ela relaxa a musculatura lisa, que é a musculatura de revestimento de alguns de nossos órgãos como estômago e vesícula biliar, desse modo o estômago com menos mobilidade demora mais tempo para fazer a digestão dos alimentos assim como a vesícula biliar, gerando a sensação de plenitude (empachamento) após as refeições, assim aumenta a absorção dos nutrientes que ficarão mais tempo a serem digeridos no estômago e também nos intestinos para serem melhores aproveitados pelo bebê, porém isso pode ocasionar constipação intestinal materna.
O aparelho cardiovascular também sofre adaptações, para que ele seja capaz de bombear mais sangue para os novos tecidos que estão sendo formados, o coração sofre uma verdadeira hipertrofia e o volume sanguíneo total aumenta proporcionalmente, cerca de 30 a 40% (1 a 1,5 litros) a mais do habitual.
Todas essas adaptações cardiocirculatórias que ocorrem visam também fornecer uma reserva sangüínea, que pode ser essencial durante o trabalho parto onde ocorre muitas vezes grandes perdas.
A progesterona age também no centro respiratório, aumentando assim a freqüência respiratória e o volume de ar que entra nos pulmões (de 7L para 10L), essas alterações contribuem positivamente para as trocas gasosas que ocorrem na placenta, mantendo os níveis de oxigênio adequados para o bebê.
Há o aumento da produção de estrogênio, o qual estimula tanto o desenvolvimento uterino quanto o desenvolvimento de ductos lactíferos mamários, preparando o corpo para a produção de leite.
As cartilagens da área pélvica ficam como se estivessem embebidas literalmente em quantidades enormes de hormônios, essas tornam-se amolecidas, tudo isso para possibilitar seu estiramento durante o trabalho de parto. A relaxina, um hormônio produzido durante a gravidez pela placenta e corpo lúteo participa juntamente com a progesterona desse relaxamento necessário das fibras musculares pélvicas.
A mobilidade pélvica fica aumentada, dificultando muitas vezes o caminhar materno.
O colo uterino torna-se também mais macio, encurtado e elástico, com o aumento da secreção vaginal para facilitar a passagem do bebê.
Essa foi apenas uma introdução para exemplificar como a natureza prepara todo corpo como se ele fosse uma casa para recepcionar seu bem maior, seu filho que é a certeza de que todo amor existe e está dentro de você.
Prepare a casa para recebê-lo, não só a concreta mas sim seu corpo, alimente-se bem, medite e beba muita água, assim sua casa estará sempre limpa para o desenvolvimento adequado de seu bebê.
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